sábado, 15 de março de 2014
enologia
Cada vez mais os amantes do bom vinho tem motivos para se encantarem com o vinho fino brasileiro, que vive seu melhor momento de produção com qualidade. Mas também vive um período de altíssima competitividade com os vinhos importados, onde vem amargando uma queda de participação no mercado nacional em relação aos estrangeiros. Algumas estratégias vem sendo adotadas para enfrentar a concorrência, como a criação de selos de qualidade, a descentralização da Serra Gaúcha, com o surgimento de novas áreas vitivinícolas como a Campanha Gaúcha (RS), Vale do S. Francisco(PE), Vale do São Joaquim(SC); e em menos de uma década estaremos revertendo a preocupante queda em relaçao ao consumo dos importados, que se beneficiam com a queda do dólar, chegando ao nosso mercado com preços muito competitivos. Saimos de uma liderança de 65,9% do consumo interno em 1996 para pífios 26% registrados em 2007.
Para enfrentarmos a concorrência é urgente que a vitivinicultura brasileira dê um passo a frente e seus empresários mudem o foco de investimento da área de produção para a divulgação. Precisamos investir em campanhas de marketing, promover nossas marcas e suplantar de uma vez por todas a imagem de baixa qualidade de nossos vinhos construída nos últimos anos. O desafio hoje é internacionalizar o vinho brasileiro, liderado segundo a Organização Internacional do Vinho, pela Austrála, que assim como o Brasil há 20 anos não representavam nada para o mercado internacional, provando que está em curso uma nova geografia da produção e consumo do vinho. O chamado "trio de ferro"( França, Espanha, Itália), vem perdendo participação em detrimento do avanço dos novos mercados.
Brindamos ontem, 30 de agosto, no magnífico Costão do Santinho, essa nova fase do vinho nacional, com a presença da maioria dos produtores do sul do país, onde reverenciamos Baco em alto estilo!
O Sabor das Ervas fechou a noite num delicioso jantar oferecido pelo restaurante do Resort, estrelado pelo jovem chef Rogério Theobald e o Sommelier Alberto Carlos Wirth, que nos proporcionaram um final de evento recheado de surpresas gastronômicas, que brindo meus queridos leitores com a receita de camarão e mel.
A harmonização ficou por conta de um branco Peverella, da Salvati e Sirena, safra 2007 , produção única na América Latina, localizada no Caminho de Pedras - Bento Gonçalves - RS. Essa branca vinífera foi a primeira variedade vinda da Europa, Itália, e foi extinta em detrimento de outras variedades mais rentáveis economicamente. A palavra peverella significa pimenta que justifica o sabor encontrado no vinho levemente picante quando o sentimos na ponta da língua.
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