quarta-feira, 14 de janeiro de 2015
Esterco de peru - Alguns aspectos
Todo o vegetal precisa de vários nutrientes, a principal fonte desses nutrientes são captados pelas plantas diretamente do solo, por isso, é preciso manter o solo em boas condições químicas, físicas e biológicas para oferecer as plantas o máximo possível do que elas precisam para atingir a produção desejada. Para o enriquecimento do solo são utilizados várias fontes de nutrientes, entre elas os estercos de animais, um deles e que em algumas regiões é muito utilizado é o esterco de peru, que é importante fonte de nutriente e requer alguns cuidados na aplicação.
Como todos os estercos, o de peru precisa passar pelo processo de fermentação, ou seja, ele precisa ficar amontoado por cerca de 90 a 120 dias, até que o calor gerado no monte de esterco cumpra o processo de eliminação de possíveis sementes de invasoras e ou parasitas que podem estar junto as fezes. Outro objetivo da fermentação é para que esse processo não ocorra no solo, o que pode ocasionar prejuízos para as plantas.
Uma recomendação é adquirir quando possível estercos de peru, oriundos de produtores conhecidos, verificando se este já passou pelo processo de fermentação, caso contrário é preciso fazê-lo. Em caso de dúvida se o esterco passou pelo período necessário de fermentação, é aconselhável amontoá-lo e verificar se está esquentando muito ou não, por isto, é importante o produtor planejar a compra com antecedência.
Frequentemente existem questionamentos quanto a qualidade de estercos adquiridos, principalmente quanto a qualidade nutricional. A análise química é a única forma de esclarecer estas dúvidas e dar maior tranquilidade para aquele que está comprando, ou mesmo, quando se trata de utilização pelo próprio produtor, este procedimento gera custos, porém, em algumas situações é aconselhável faze-lo.
O esterco de peru quando comparado com o de frango que é mais comumente encontrado, geralmente leva algumas vantagens na quantidade de nutrientes, mas é importante observar o numero de lotes que foram produzidos em cima de cada "cama".
Um bom motivo que justifica a realização de análise do esterco comprado é ter a informação mais confiável quanto a quantidade de nutrientes. Dando condições para o cálculo da quantidade adequada a ser aplicada, para atender as necessidades do solo, logicamente, o produtor que irá aplicar o produto também deve ter em mãos análise de solo e quando estiver com dúvida, deve buscar orientação técnica.
No mercado encontra-se o adubo orgânico de peru peletizado que facilita a aplicação do produto, possibilitando a aplicação com os equipamentos de plantio que o produtor já possui, porém, é preciso avaliar a viabilidade econômica da aquisição deste insumos e levar em conta que os adubos orgânicos agem por um tempo maior no solo e contribui também para melhorias de aspectos biológicos e físicos.
Uma alternativa interessante é a utilização por até três safras com adubo de peru, depois utilizar por uma safra adubação química, e assim ir alternando. Outra opção é fazer uma porcentagem entre o químico e o esterco de peru, sempre tentando atender as necessidade apontadas na análise de solo, levanto em consideração a legislação ambiental e a viabilidade econômica.
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