segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Retrospectiva 2012

Em meio a um ambiente de prolongamento das incertezas e dos obstáculos à recuperação econômica global, a economia brasileira atravessou o ano sem alterações radicais nas projeções iniciais. Não foi ainda em 2012 que o governo da presidente Dilma Rousseff conseguiu desvencilhar-se dos efeitos da crise internacional e dos gargalos domésticos, mas, diante das circunstâncias, o resultado até que foi razoável.
Em relação ao ano anterior, a economia registrou uma pequena aceleração no ritmo do crescimento. Não chegou aos 5% desejados pelo governo, mas os 3,8% de aumento no PIB superara as estimativas do mercado divulgadas no começo de 2012. Também a inflação comportou-se de acordo com o previsto. Não recuou para o centro da meta, mas terminou o ano com variação de 5,3% no IPCA. Isso mesmo com a taxa básica de juros fechando 2012 em 9% nominais ao ano.
Uma surpresa veio das contas públicas. Apesar do ano eleitoral, o governo conseguiu controlar seus gastos e, se não cumpriu a meta cheia, chegou perto, apresentando um superávit primário de 2,8% do PIB. Com a ajuda da contenção dos juros Selic, o resultado permitiu uma nova redução da relação dívida pública líquida/PIB, terminando o ano em 35,7%. Nesse quadro, o fato de o investimento público ter voltado ao equivalente a 1,5% do PIB foi digno de nota.
O setor externo, como sempre, nos últimos anos, deu um drible nas projeções. Como previsto, houve um recuo no saldo comercial, em relação ao número de 2011, mas, de novo, ficou, com o resultado de US$ 23 bilhões, quase 30% acima do projetado pelo mercado. Estímulos às exportações de manufaturados e o relativamente bom desempenho das economias latino-americanas explicam em parte o saldo mais favorável do que o projetado.

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