quinta-feira, 28 de junho de 2018

Seneferu



Seneferu
Snefru
Seneferu, Museu Egípcio
Seneferu, Museu Egípcio
Faraó do Egito
Reinado24,30 ou 48 anos por volta de 2600 a.C.,  (IV Dinastia)
PredecessorHuni
SucessorQuéops
Esposa(s)Hetepherés I
FilhosQuéopsAnkhhafKaneferNefermaatNetjeraperefRahotepRaneferIynefer IHetepherés INefertkau INefertnesuMeritites IHenutsen
PaiHuni
MãeMeresankh I
TumbaPirâmide Vermelha?
MonumentosPirâmide de MeidumPirâmide Curvada, Pirâmide Vermelha
Seneferu ou Snefru foi o primeiro faraó da IV Dinastia do Antigo Egito (ou foi um faraó da III Dinastia).[1] Reinou entre 2630 a.C. e 2609 a.C. ou 2613 e 2589, conforme a cronologia estabelecida pelos diversos investigadores.

Vida e reinado[editar | editar código-fonte]

Seneferu era filho do rei Huni e de Meresankh I, uma concubina ou esposa secundária que não seria de sangue real. Casou com Hetepherés I, provavelmente a sua meia-irmã, que seria filha de Huni com a sua esposa principal; desta forma o casamento com a meia-irmã teria como objectivo legitimá-lo como rei.
Um dos filhos de Seneferu e Hetepherés I foi Quéops, mais conhecido em português como Quéops, seu sucessor e monarca associado à grande pirâmide de Guiza (Gizé). Com outras esposas teve outros filhos e filhas, como AnkhhafNefermaet e Kanefer, dois filhos que se seriam tjatis.
Durante seu reinado, hordas asiáticas invadiram o Delta, que ele defendeu construindo vários fortes na fronteira; estas construções foram lembradas e associadas ao seu nome por dez séculos.[1] Ele também teve problemas com as minas de cobre do Sinai, e, ao retomar seu controle, fez com que seu espírito fosse adorado pelas gerações seguintes como o deus protetor das minas.[1]
Seneferu ordenou uma campanha militar na Núbia, a respeito das quais as inscrições egípcias falam de milhares de prisioneiros.[1]Há razões para duvidar da historicidade destes relatos; estas intervenções teriam tido como objectivo essencial manter a ordem e impedir ataques ao Egipto por partes daqueles povos.
Em contrapartida, as expedições comerciais foram inúmeras. O rei ordenou expedições para explorar as minas de turquesa de Uadi Maghara no Sinai. Ele construiu uma frota de navios, e comerciou com Creta e a costa da Síria, trazendo do Líbano o seu famoso cedro.[1]
O rei notabilizou-se pela sua grande actividade arquitectónica. Durante o seu reinado surgiu pela primeira vez a pirâmide lisa no Egipto. A Seneferu estão associadas duas pirâmides, a maior das quais em Meidum.[1]
A pirâmide de Meidum foi provavelmente começada no reinado do seu antecessor. Quando a corte se mudou para Dahchur no ano 15 do reinado de Seneferu, o monarca ordenou a construção de uma pirâmide, conhecida hoje em dia como "romboidal", com arestas arqueadas que mudam de ângulo a meio da estrutura. Não se sabe se a arquitectura da pirâmide seria propositada ou um erro de construção.
A outra pirâmides em Dahchur é conhecida como a Pirâmide Vermelha. É considerada como a primeira verdadeira pirâmide construída no Egipto. Também está associada a este rei uma pequena pirâmide em degraus em Seila[2].
Foi durante o seu reinado que a arte egípcia adquiriu os padrões que a caracterizariam. O túmulo da sua esposa Hetepheres[3] é revelador do requinte das artes neste período. Situado perto da grande pirâmide de Guiza (Gizé), encontrou-se nele um quarto de dormir com uma cama com pés em forma de patas de leão e uma grande cadeira com decoração com motivos vegetais.
Durante seu reinado, o faraó deixou de se preocupar com todos os detalhes do governo, havia um "grão-vizir", controlando os departamentos de Estado, e vários outros oficiais, além dos governadores das cidades.[1]
Ele foi sucedido por Quéops, mas a relação entre Seneferu e Quéops tida por alguns como desconhecida, Seneferu não teria deixado descendentes e Quéops já era uma figura importante na corte, mas em mackenzie Quéops é chamado de filho de Sneferu.[1]
O Papiro de Westcar também relata Seneferu como pai de Quéops: Então Baufre levantou-se e disse: Ouça, Vossa Majestade, uma maravilha que aconteceu no tempo de seu pai, o faraó Seneferu, justificado, realizada pelo chefe dos sacerdotes-leitores e escriba dos livros Djadjaemankh. . De acordo com o referido papiro, a frase foi dirigida por Baufre ao Faraó Quéops, o que corrobora a ligação de Quéops (Queops) como realmente filho de Seneferu e não meramente seu sucessor no trono.

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