sábado, 26 de dezembro de 2020

Harmonização de queijos e vinhos:

A harmonização de queijos e vinhos talvez seja uma das mais apreciadas pelos enófilos. Essa dupla famosa tem muita história para contar – evidências apontam que a existência de ambos data de 5.000 a 6.500 anos a.C. E assim como o vinho, o queijo é um produto que tem forte ligação com o terroir de origem, além de, dependendo do estilo, ganhar complexidade ao envelhecer. Talvez essa afinidade explique porque queijo e vinho estão sempre juntos. Mas apesar dessa sinergia e de estarem presentes na história da humanidade há muito tempo, a harmonização entre queijos e vinhos ainda pode gerar dúvidas em muitos, especialmente para os iniciantes nesse universo. Contudo, mesmo parecendo uma tarefa complicada, com certo conhecimento é possível criar combinações deliciosas e equilibradas. Para isso, vamos desvendar alguns princípios fundamentais que norteiam a escolha cuidadosa de cada vinho e queijo, oferecendo um guia prático para iniciantes que desejam explorar e aprimorar suas habilidades. Além disso, preparamos um foodpairing especial para te ajudar a entender de forma mais prática e rápida as principais harmonizações para o vinho que você escolher. Neste artigo você vai ver [mostrar] Primeiros passos para harmonização de queijos e vinhos Para uma harmonização bem sucedida entre vinhos e queijos – assim como com qualquer outra comida – precisamos analisar as propriedades organolépticas da bebida e do alimento. Primeiramente, é importante saber um pouco sobre a produção do queijo, qual é a variedade de leite e os processos de maturação, o que irá influenciar diretamente no sabor e nas características do produto final. 1. Conhecendo os tipos de queijos Os queijos podem ser classificados em diversas categorias, como frescos, moles, semiduros, duros e azuis. Cada categoria apresenta características distintas que influenciam na escolha do vinho adequado. Os queijos frescos, por exemplo, são mais leves e delicados, enquanto os queijos azuis possuem sabores pronunciados e marcantes. 2. Variedades de vinho Assim como os queijos, os vinhos também também possuem uma gama de estilos e nuances que afetarão suas escolhas. Tintos, brancos, rosés, espumantes e fortificados são algumas das categorias que compõem o vasto mundo dos vinhos, e cada tipo possui características únicas de acidez, corpo, doçura e taninos. Compreender essas diferenças é fundamental para criar harmonizações bem sucedidas. Princípios básicos de harmonização Ao buscar a combinação perfeita entre queijos e vinhos, alguns princípios básicos podem orientar a escolha: Semelhança: escolher vinhos e queijos que compartilham características semelhantes, como intensidade de sabor e textura. Por exemplo, um queijo suave harmoniza bem com um vinho branco leve. Contraste: optar por combinações que se complementam através do contraste. Um queijo salgado, por exemplo, pode ser equilibrado por um vinho mais doce. Intensidade: harmonizar vinhos e queijos de mesma intensidade. Um queijo forte, como gorgonzola, será melhor apreciado com um vinho tinto encorpado. Região de Origem: mitas vezes, queijos e vinhos de uma mesma região compartilham características que se harmonizam naturalmente. Experimentar combinações locais pode ser uma excelente escolha. O vinho ideal para cada tipo de queijo Queijos frescos Os queijos frescos são aqueles que consumimos logo após sua fabricação, com nenhum ou pouco tempo de maturação. Esses queijos não possuem casca, são macios e têm alto teor de umidade. Além disso, seu sabor é suave, algumas vezes com toque cítrico, e acidez presente. São exemplos desta categoria a ricota, o mascarpone, o cream cheese, o feta, a muçarela de búfala e a burrata. Para acompanhar os queijos frescos, a indicação são vinhos leves e de boa acidez, como brancos jovens e frutados, caso de alguns rótulos das uvas Sauvignon Blanc e Albariño, Vinho Verde, rosés delicados, como os da região de Provence, ou até mesmo um espumante brut. Queijos frescos com mofo branco Nesta categoria você encontra o brie, camembert e coulommiers, que são queijos cremosos, revestidos por uma crosta branca aveludada, criada por fungos, a qual confere sabores terrosos, que lembram amêndoas e cogumelos. E a chave aqui é justamente usar estas notas para harmonizar com vinhos que carregam as mesmas nuances. Quando falamos em notas terrosas, vinhos elaborados com a Pinot Noir certamente farão bonito. Caso ainda queira seguir na linha dos tintos, a dica é escolher rótulos mais frutados e com menor carga tânica, como Gamay ou um Cabernet Franc no estilo dos exemplares da região do Loire. Já para quem prefere brancos, a indicação são vinhos não muito frutados, como os Sauvignon Blanc e Chenin Blanc do Vale do Loire, ou ainda um espumante brut, jovem, fresco e com certa complexidade no paladar, remetendo a notas de nozes e frutas secas. Queijos frescos com casca lavada Os queijos de casca lavada, como o próprio nome revela, passam por uma lavagem durante o processo de maturação a fim de estimular a proliferação de bactérias específicas que influenciarão no desenvolvimento da sua textura e sabores. Seu interior é bastante cremoso, de sabor forte, salgado e levemente picante. Entre os exemplos desta categoria estão o Serra da Estrela, Azeitão e Serpa. Devido ao seu forte sabor – e odor também – esses queijos acompanham muito bem frutas em compota, que limpam o palato e neutralizam o aroma. Da mesma forma devemos pensar quando escolhemos o vinho, opte por rótulos frutados – e até mesmo doces, como os licorosos – para suavizar a intensidade desse tipo de queijo. Considere um Colheita Tardia ou Porto Tawny; caso prefira um rótulo com menos doçura, Gewurztraminer e Riesling são boas escolhas. Queijos semiduros De textura firme, esses queijos costumam apresentar buracos que foram gerados a partir de bolhas durante a maturação. Seu sabor é levemente adocicado e eles podem ser de massa cozida, como emmental, gruyère, maasdam, comté, ou não cozida, caso de gouda, edam, manchego e reblochon. Aqui fazem bela companhia os vinhos brancos que tiveram breve passagem por barrica de carvalho, e ganharam notas adocicadas e textura untuosa, caso de exemplares feitos com a uva Chardonnay, Riesling, Vermentino, Grüner Veltliner e Torrontés também fazem bonito. Saindo dos brancos, você pode optar por rosés ou ainda espumantes demi-sec, bem como tintos frutados de taninos médios, como Merlot, Pinot Noir, Beaujolais, Barbera e Dolcetto . Queijos duros Esses queijos passam por longo período de maturação, o que lhes confere textura bem firme. Além disso, são produtos de longa duração, que podem ser preservados por décadas, como o parmesão, grana padano, parmegiano reggiano e pecorino, este último de massa não cozida. Os queijos desta categoria apresentam sabores complexos, que vão do adocicado ao salgado e ácido. Por isso, eles pedem vinhos igualmente estruturados e com certa complexidade, sendo os tintos as indicações mais certeiras. Como o sal desses queijos não costuma ser tão marcante, é possível acompanhá-los de tintos com mais tanino, porém, prefira exemplares mais velhos, onde os taninos estarão mais amaciados. Sugestões clássicas e potentes predominam, principalmente os italianos: Chianti, Nebbiolo Langhe, Brunello, Barbera, Barbaresco, Barolo. Caso queira fugir dos tintos em dias quentes, espumantes brut elaborados pelo método tradicional são a pedida. Queijos azuis Aqui encontram-se os queijos de sabor mais intenso e picantes: gorgonzola, roquefort, saint agur e stilton. Esses queijos apresentam textura úmida, que favorece o desenvolvimento do bolor, e maior teor de sal. Para acompanhar os queijos azuis, a melhor indicação é fazer a harmonização por contraste. Brancos frutados, como Riesling ou Gewürztraminer, espumantes com mais carga aromática, como um Prosecco, e vinhos fortificados, como um Vinho do Porto, Jerez, Madeira e Moscatel de Setúbal Para os que não dispensam um tinto, escolha um exemplar frutado e com taninos mais amaciados, como Zinfandel. Regras gerais Para então alcançar uma combinação equilibrada entre queijos e vinhos, vamos citar antes alguns fatores a serem considerados: Intensidade dos sabores: queijos intensos, como o gorgonzola, combinam melhor com vinhos intensos, como o tinto cabernet sauvignon. Queijos suaves, como o brie, fazem bela companhia a vinhos suaves, como o branco chardonnay. Teor de gordura: queijos gordurosos, como o cheddar, combinam melhor com vinhos secos, que ajudam a limpar a boca. Queijos menos gordurosos, como o ricota, combinam melhor com vinhos mais frutados, que não sobrecarregam o paladar. Acidez: vinhos com mais acidez ajudam a equilibrar o sabor salgado dos queijos. Queijos com acidez natural, como o feta, combinam bem com brancos de maior acidez, como o sauvignon blanc. Veja abaixo o foodpairing especial que preparamos para você: Colocando em prática Apresentamos aqui alguns princípios básicos que orientarão sua escolha para combinações bem sucedidas, entretanto, não deixe de experimentar diferentes possibilidades. A grande magia da harmonização está na experimentação, por isso não hesite em testar diferentes queijos e vinhos para descobrir suas combinações favoritas, aquelas que mais agradam o seu paladar. Quando preparar sua noite de queijos e vinhos, inclua também acompanhamentos, como pães, frutas secas e frescas, e geleias, que podem enriquecer a experiência, proporcionando mais camadas de sabor e textura. Para calcular a quantidade de queijo, pense em cerca de 150 a 200 gramas por pessoa caso ele seja o acompanhamento da noite. Se for apenas para petiscar, pode considerar um pouco menos. Em relação ao vinho, calcule em média uma garrafa para cada duas pessoas. E não se esqueça de beber muita água! Seja para uma celebração especial ou um momento de descontração, a harmonização proporciona uma experiência sensorial única, transformando cada degustação em uma celebração dos sentidos. Então, brinde essa verdadeira sinfonia de sabores, texturas e aromas e descubra as infinitas possibilidades de harmonizar queijos e vinhos.

o dilema inovador

 





Em pouco tempo, Christensen ganhou enorme reconhecimento: seu livro foi considerado o melhor do ano na área de negócios, presidentes de empresa passaram a adulá-lo e ele se ergueu imediatamente ao patamar dos grandes gurus da administração. Está lá, merecidamente, no panteão, com Peter Drucker, Peter Senge, Tom Peters, Philip Kotler...

Com tanta demanda por seus esclarecimentos, era natural que Christensen continuasse sua obra. Ele então lançou um livro baseado em suas aulas, Innovation and the general manager (“Inovação e o administrador”) e, em 2003, The innovator’s solution (“A solução do inovador”), em que acompanha as melhores estratégias para as empresas romperem a si próprias, antes que algum estranho o faça. Depois vieram The innovative university (“A universidade inovadora”), The innovator’s prescription (“Inovação na gestão de saúde”), Seeing what’s next (“Prevendo o futuro”)... Christensen também criou uma consultoria, a Innosight, e uma empresa de investimentos. Enfim, fez o que faria qualquer empresa, diante de um produto do qual o público não cansa: ampliou seu mercado, criou continuações, estabeleceu sua marca.

No ano passado, pouco antes de completar 58 anos, foi diagnosticado com um tipo de câncer chamado linfoma folicular. O tratamento (sobre o qual dá detalhes em seu site) não o impediu de seguir trabalhando. Com dois de seus colegas, Jeff Dyer e Hal Gregersen, Christensen lançou em julho o livro The innovator’s DNA – mastering the five skills of disruptive innovators (“O DNA do inovador – dominando as cinco habilidades dos inovadores”).

A INOVAÇÃO...
Em seu primeiro livro, Clayton Christensen mostrou o mecanismo – e a ameaça – da inovação de ruptura. O número de cópias vendidas supera os 15milhões
   Divulgação

 DECEPÇÃO

O problema é que esse livro é decepcionante. Não é apenas porque seu título carregue uma contradição – o DNA é por princípio hereditário, não algo a ser aprendido. Também não é por falta de pesquisas. Segundo os autores, foram oito anos de estudos. A decepção maior é porque todas as suas “descobertas”... já foram descobertas antes.

O próprio método para chegar às conclusões é um tanto questionável. O livro busca linhas mestras para o sucesso a partir do estudo de comportamentos e atitudes que deram certo. É um método seguro para encontrar receitas, mas falho em comprová-las. Se você estudar uma amostra de milionários que nasceram pobres, pode notar que quase todos têm alto grau de tolerância ao risco. Mas não dá para recomendar o hábito, porque você simplesmente ignorou no estudo as milhares de pessoas que tinham alta tolerância ao risco e ficaram ainda mais pobres do que eram antes. Os autores fazem uma brevíssima menção a isso antes de entoar seu mantra: todo mundo pode desenvolver as características que vitoriosos como Steve Jobs, Jeff Bezos ou Larry Page têm.

A falta de rigor, às vezes, é compensada por insights, como costuma fazer Jim Collins (outro que usa o método de estudar casos de sucesso). No novo livro de Christensen, porém, o que sobram são platitudes. Há passagens assim: “... de onde veio a inclinação experimentadora de Jeff Bezos (Amazon)? Parte da explicação é genética, certamente. Ainda pequeno, cansado de ter de dormir num berço, ele tentou desmontá-lo com uma chave de fenda”. É esse o segredo? Ou como essa outra: “... descobrimos que inovação de sucesso, num time, exige duas habilidades: gerar ideias e executar ideias”. Li. Reli. Tornei a ler. Confesso que não consegui perceber a genialidade.

Não se trata de um livro sem tese. Ela existe, e é mais ou menos a seguinte: os inovadores têm cinco características que os distinguem dos mortais comuns. A primeira: são especialistas em conectar ideias de áreas que nada têm a ver umas com as outras. Steve Jobs (sempre ele) frequentou um curso de caligrafia no tempo em que vagava desocupado pelo campus da universidade que abandonara. Mais tarde, usou o que aprendeu no design de fontes para o Macintosh. Para criar seu algoritmo, os caras do Google se inspiraram no método das formigas para localizar alimento: não saia procurando aleatoriamente (como os buscadores na web de então faziam), siga quem já achou o que você procura. (Perfeito. Mas a importância das “conexões improváveis” já havia sido identificada nos anos 40 pelo pesquisador russo Genrich Altshuller.)

Resumindo: um método capenga, exemplos batidos, conclusões velhas. Por que Christensen pôs seu nome nesse livro?


As outras quatro características: você tem de ser um bom observador, tem de se dar bem com gente de diferentes origens (para perceber visões diferentes), deve gostar de experimentar e, finalmente, deve perguntar o tempo todo “por quê?”. (Todas recomendações feitas no ano 2000, no livro Jogando pra valer, de Michael Schrage.)

Resumindo: um método capenga, exemplos batidos (a visita de Jobs à Xerox, o gênio observador de Michael Dell, o modelo da Southwest Airlines), conclusões velhas. Por que Clayton Christensen pôs seu nome nesse livro?

Minha tese: ele sucumbiu ao dilema que descreve em sua primeira obra. As empresas não deixam de ser inovadoras por preguiça. É da própria natureza do negócio buscar a eficiência e, quando se faz algo muito bem, como virar as costas para as exigências do público? Acontece a todo momento, em todo lugar – até no cinema. Jack Nicholson faz magistralmente o papel de alucinado, e passa a ser assediado por diretores que o querem para um papel de... alucinado. Jim Carrey faz sucesso com caretas e passa anos até resolver que não quer mais fazer caretas.

Clayton Christensen parece estar nesse caso. Foi genial ao decifrar o dilema do inovador. Agora está sendo devorado por ele.

 ... E O DILEMA
o mais recente livro do professor é fraco. Mas tem algo de bom

O melhor do livro é quando ele sugere como fazer um ranking de empresas inovadoras. O método da revista Business Week (perguntar para personalidades dos negócios) é apenas um concurso de popularidade. Christensen & colaboradores, com ajuda do Credit Suisse First Boston, propõem determinar a percentagem do valor de mercado de uma empresa que pode ser atribuída a seus produtos/serviços existentes; e compará-lo ao valor de mercado. O tamanho da diferença é o tanto de expectativa que os investidores têm de que a empresa vai inovar, com produtos/serviços capazes de gerar dinheiro novo

Feitas Para Durar

 

Livro Feitas Para Durar

Os autores observaram 18 empresas visionárias, analisando dezenas de critérios. Com uma ênfase em princípios de gestão, que são eternos, eles passaram seis anos tentando entender como as grandes empresas se tornam grandes e continuam no topo. 

Os resultados foram transformados em livro. E o livro jogou por terra vários mitos que surpreenderam muita gente. Alguns desses mitos são:

  • Você precisa de uma boa ideia para montar uma grande empresa;
  • É fundamental ter um líder carismático;
  • Maximizar os lucros é o objetivo principal das empresas visionárias;
  • Para ser uma das empresas feitas para durar, é preciso destruir a concorrência;
  • Trazer CEOs de outras empresas ajuda a evoluir a organização.

Você ficou curioso para saber mais sobre o que tem por trás dessas empresas feitas para durar. Então, siga com a gente. Mas, antes, que tal conhecer um pouco mais sobre os autores desse clássico?

Sobre os autores de Feitas para Durar

Jim Collins

Consultor de negócios, escritor, professor e palestrante sobre sustentabilidade e crescimento nos negócios, James Collins, ou Jim Collins, como ele prefere ser chamado, é referência mundial em liderança, gestão e estratégia.

Collins é autor ou co-autor de seis livros e já vendeu mais de 10 milhões de cópias, em 32 idiomas. Entre as suas obras, destaca-se o best-seller Empresas Feitas Para Vencer, cujo microbook você também encontra no 12min.

Para muitos estudiosos, Collins é o sucessor de Peter Drucker, considerado o “maestro” da administração moderna. Todas as suas obras são resultado de detalhadas pesquisas, em inúmeras empresas.

Em 1995, Collins fundou um laboratório de gestão, em Boulder, Colorado. Nesse local,  ele conduz pesquisas e ensina executivos de setores corporativo e social.

Jerry I. Porras 

Professor de Teoria Organizacional e membro honorário da Universidade de Stanford, Jerry I. Porras é co-autor do livro Feitas para Durar.  Ele obteve seu MBA na Cornell University, em 1968, e seu doutorado na Universidade da Califórnia, Los Angeles, em 1974. Mas dois anos antes ele havia iniciado sua carreira acadêmica na Universidade de Stanford. 

Porras tornou-se professor na Escola de Pós-Graduação em Negócios, onde atuou como Decano Associado de 1991 a 1994. Em 1988, aposentou-se e foi nomeado Lane Professor Emérito de Comportamento Organizacional e Mudança.

Agora, então, vamos ao resumo do clássico Feitas para Durar.

O sucesso das empresas visionárias

Livro Feitas Para Durar FREE

Para escolher as 18 empresas americanas a serem estudadas, Jim Collins entrevistou centenas de executivos. Essas organizações foram comparadas a outras que, mesmo não tendo uma performance espetacular, competiam no mesmo mercado.

Estas não eram empresas ruins, mas os executivos entrevistados não as consideravam, com frequência, como empresas visionárias. E a pesquisa de Collin levou em conta dezenas de fatores como cultura corporativa, estrutura societária, satisfação dos funcionários e penetração de mercado. 

As empresas visionárias apresentaram alguns resultados fascinantes. Por exemplo, segundo o livro Feitas para Durar, se você tivesse investido um dólar nessas empresas em 1920, nos anos 90 você teria acumulado mais de 6 mil dólares. Mas se você tivesse investido o mesmo dólar na bolsa de valores americana, você teria apenas 400 dólares, no mesmo período.

Ou seja, as empresas avaliadas como visionárias tiveram uma performance 15 vezes melhor que o mercado de ações. E como já foi mencionado, Collin ainda joga por terra vários mitos associados ao sucesso no mundo dos negócios. Vamos falar um pouco mais sobre 10 desses mitos.

Mito 1 – É necessário uma ótima ideia para começar uma grande empresa

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Não foi isso que a pesquisa de Collins encontrou. No livro Feitas para Durar, ele afirma que são poucas as empresas visionárias que nasceram de uma grande ideia. Pelo contrário, a maioria abriu as portas sem uma ideia específica e várias outras começaram com ideias ruins que acabaram abandonadas no meio do caminho.

A Sony, por exemplo, começou sem uma ideia em mente e, inclusive, pensou em  aventurar-se na venda de alimentos ao consumidor final e até mesmo de artigos esportivos. É claro, como você sabe, não foram estas ideias que transformaram a empresa na potência que ela é hoje.

Mito 2 – Empresas visionárias precisam de líderes visionários e carismáticos

Livro Feitas Para Durar - Jim Collins

Nas empresas feitas para durar, as visionárias, por mais que elas tenham indivíduos notáveis no topo, eles geralmente são pessoas simples e modestas. Além disso, Collins percebeu que muitas das empresas de comparação também tinham líderes visionários, porém, isso não foi suficiente para levá-las para o pelotão de elite. 

Assim, em vez de se concentrar em seu líder, as empresas visionárias estudadas construíram organizações que constantemente geravam grandes ideias e novos líderes. Até mesmo porque, investir em personalidades carismáticas pode se transformar em um problema, quando essa pessoa deixa a empresa.

Mito 3 – As empresas visionárias existem para maximizarem seus lucros

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Collin concluiu que as empresas feitas para durar têm um conjunto de objetivos e lucratividade é apenas um deles e, em muitos casos, não é o principal. Pelo contrário, as empresas visionárias são guiadas por valores centrais. Elas têm um propósito maior para a sua existência e possuem princípios importantes que norteiam todas as suas decisões.

A Johnson & Johnson, por exemplo, escreveu seus valores centrais na década de 30, em um documento chamado “Nossas Crenças”. As responsabilidades da empresa já estavam definidas lá. O que ela buscava era, primeiramente, atender bem aos seus clientes e, em seguida, os seus funcionários. Uma vez que estas prioridades tinham sido cumpridas, aí sim os acionistas deveriam receber um retorno pelos seus investimentos.

Mito 4 – A única constante é a mudança

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Empresas feitas para durar são focadas no progresso que permite que elas mudem e adotem inovações, porém, nunca comprometem seus valores fundamentais. Por exemplo, o Walmart busca exceder às expectativas dos clientes. Esse é um elemento estável dos seus valores centrais.

Mito 5 – Empresas visionárias optam por estratégias seguras

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Não é verdade que as empresas visionárias são conservadoras e burocráticas. Pelo contrário, segundo o livro Feitas para Durar, elas assumem riscos e sempre se comprometem com objetivos ousados, grandes e audaciosos.

Elas também são claras e tangíveis o suficiente para energizar e aumentar o foco da organização. Um exemplo é a Boeing, que definiu muitas metas deste tipo durante a sua história, incluindo o seu compromisso com o desenvolvimento do enorme jato 747. 

A Boeing perseguiu esse objetivo com força total e não considerou a possibilidade de falha. Nem mesmo quando a empresa teve que desligar 60% dos funcionários, porque as vendas do avião não atenderam às expectativas.

 Enfim, as empresas visionárias encaram as experiências fracassadas como o preço necessário a se pagar para a evolução e correm esses riscos para se reinventarem.

Mito 6 – Empresas visionárias são necessariamente ótimos lugares para se trabalhar para qualquer pessoa

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Essas empresas somente serão um lugar ótimo para trabalhar se você se encaixar nos valores centrais delas. Isso porque elas reforçam suas ideologias com tanta determinação, que suas culturas corporativas são quase como seitas. 

O livro Feitas para Durar cita o empreendimento Walt Disney. Lá, os funcionários têm que viver e respirar a ideologia de diversão saudável para a família. Por exemplo, homens com barba não são aceitos como funcionários dos parques temáticos. Ou se alguém fosse visto falando um palavrão na presença do próprio Walt Disney, era demitido imediatamente, não importando o seu lugar na hierarquia. 

Assim, pessoas que não atendam às expectativas e padrões rígidos dessas empresas visionárias não não encontram espaço para trabalhar nelas.

Mito 7 – Empresas visionárias se movem por meio de estratégias brilhantes, extremamente bem planejadas

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Na verdade, geralmente, os melhores resultados das empresas feitas para durar vêm da capacidade de experimentar, abordagens de tentativa e erro e, em alguns casos, até mesmo acidentalmente. 

Segundo Collins, essas empresas incentivam seus empregados e administradores a experimentarem novas ideias, produtos e práticas, algumas das quais se tornaram grandes sucessos. 

Por exemplo, a 3M incentiva que os funcionários utilizem 15% do seu tempo em projetos da sua escolha pessoal. E acredite, alguns itens extremamente bem-sucedidos, como Post-its, surgiram desse modelo de gestão.

Mito 8 – Empresas visionárias contratam CEOs do mercado para gerenciar a mudança

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A pesquisa de Collins mostrou que, nas empresas visionárias, santo de casa faz milagre, sim. Segundo o autor de Feitas Para Durar, é impressionante a capacidade que essas organizações têm de continuar produzindo líderes de qualidade, o tempo todo. 

Ou seja, as empresas feitas para durar focam pesadamente no cultivo de talento gerencial dentro da própria empresa, para que sempre possam contar com novos líderes e, assim, executar de acordo com a seus valores fundamentais. 

Além disso, elas investem sempre em planos claros de sucessão para garantir a continuidade da liderança, mesmo quando algo inesperado acontece. Por exemplo, graças à ênfase fervorosa da empresa na formação interna de lideranças, a GE sempre contou com líderes do calibre de Jack Welch.

No grupo de comparação, os CEOs das empresas se envolviam muito pouco com o planejamento de sucessão, o que deixava buracos na liderança quando saíam. 

Mito 9 – Empresas visionárias focam em vencer a competição

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As organizações mais bem-sucedidas nunca colocam o seu foco na competição e na chance de ganhar mais penetração de mercado que seus concorrentes. Pelo contrário, elas se esforçam para se comparar consigo mesmas e serem melhores do que eram no passado, implementando processos que incentivam a melhoria contínua. 

Um exemplo citado por Collins é o WalMart, que estimulou o crescimento constante com sua campanha “Beat Yesterday”. Essa campanha se baseava em monitorar e ajudar seus funcionários para que eles sempre aumentassem as vendas com relação ao dia e ao ano anterior. 

Mito 10 – Empresas visionárias têm uma visão limitadora do que é possível

Livro Feitas Para Durar, de James Collins

Empresas visionárias não acreditam que você tem que escolher, de forma racional, entre uma opção restritiva A ou B. Elas trabalham com uma visão paradoxal de que podem perseguir múltiplos objetivos ao mesmo tempo. Ou seja, elas se recusam a aderir à tirania do “ou” e optam pelo caminho do “e”, baseando-se em experimentar e conciliar modelos diversos.

Por exemplo, a proposta da Boeing é ser pioneira no campo da aviação comercial. No entanto, os aviões Jumbo são uma manifestação de que a empresa pode optar por mais de um caminho, sem perder sua essência. 

Como ser uma empresa feita para durar?

Se você quer de fato subir os degraus rumo ao sucesso, Collins garante que é preciso ter uma visão clara em concebida, com seus dois componentes principais. Ou seja, os valores centrais da empresa e uma visualização do futuro.

A visão deve explicar não somente porque a empresa existe, mas também as suas aspirações e qual o progresso deve ser alcançado ao longo do tempo. 

Os valores centrais são a cola que junta as peças de uma organização, à medida em que ela cresce, descentraliza-se, diversifica-se e, ainda assim, se mantém coerente. Eles devem ser divididos entre as práticas e crenças essenciais do cotidiano da empresa e o propósito central da empresa – a razão da empresa existir. 

O futuro visualizado é formado por um plano audacioso de longo prazo, com um objetivo extremamente desafiador e claro, e uma descrição vívida de como a empresa será, quando ela atingir este objetivo. 

Citações de Jim Collins

Como você já sabe, Collins é autor e co-autor de vários livros e você tem muito a aprender com esse especialista. Nós selecionamos 10 frases dele para você refletir. Veja:

Grande visão sem grandes pessoas é irrelevante.CLICK TO TWEETUma cultura de disciplina não é um princípio de negócios, é um princípio de grandeza.CLICK TO TWEETO teste de uma inteligência de primeira classe é a capacidade de reter duas idéias opostas na mente ao mesmo tempo, e ainda reter a capacidade de funcionar.CLICK TO TWEETUm dos passos mais importantes que você pode tomar para construir uma empresa visionária não é uma ação, mas uma mudança de perspectiva. CLICK TO TWEETA única fonte verdadeiramente confiável de estabilidade é um forte núcleo interno e a vontade de mudar e adaptar tudo, exceto esse núcleo.CLICK TO TWEETPor definição, não é possível a todos estarem acima da média.CLICK TO TWEETUma empresa deve limitar o seu crescimento com base na sua capacidade de atrair o suficiente das pessoas certas.CLICK TO TWEETO objetivo da burocracia é compensar a incompetência e a falta de disciplina.CLICK TO TWEETA criatividade morre em um ambiente indisciplinado.CLICK TO TWEETMás decisões tomadas com boas intenções, ainda são más decisões.CLICK TO TWEET

Continue aprendendo

Se você que continuar no caminho do sucesso, aposte nos livros, como fortes aliados. E o 12min pode ser um parceiro seu. Lá você encontra as melhores obras, dos mais renomados autores, em diversas categorias.

Toneladas de conhecimento

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Todos os microbooks podem ser lidos em até 12 minutos. Assim, você consegue absorver toneladas de conhecimento sobre economia, empreendedorismo e negócios, carreira e desenvolvimento pessoal, entre outras categorias, na velocidade que o mundo atual exige.

Se você preferir, pode optar pela versão audiobook, para ouvir os resumos dos livros no carro, na academia, enquanto faz a sua caminhada, isso é, onde e quando quiser.

Os microbooks do 12min estão disponíveis para leitura nos seus aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle. Ou seja, tudo isso para facilitar a sua vida.

Nossa dica de leitura

Nós, do Blog 12min, sempre sugerimos uma obra fascinante, muitas vezes inspiradora, que pode ser valiosa no seu processo de crescimento. A nossa dica de hoje é:

Dedique-se de Coração – Howard Schultz


Como a Starbucks se tornou uma grande empresa, de xícara em xícara? Nesse microbook, você vai conhecer os bastidores da história dessa cafeteria de sucesso.

Segundo o CEO da empresa e autor do livro, Howard Schultz, a paixão dos fundadores e o compartilhamento do conhecimento sobre café com os clientes fizeram com que o Starbucks se tornasse popular entre os consumidores de café em Seattle, cidade onde foi criada a primeira cafeteria.

Ao educar seus clientes sobre os diferentes tipos de cafés, o Starbucks se diferenciou das outras empresas convencionais. E em 2019, já eram mais 31 mil estabelecimentos em todo mundo.

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